27 novembro, 2020

O que SUS realmente faz?

 O SUS (Sistema Único de Saúde) tem sido um assunto muito falado ultimamente. Você sabe qual é o real papel do SUS? Leia os slides abaixo e aprenda o que esse sistema proporciona para a sociedade. 



Quer saber um pouco mais? Clique aqui


Agora é a hora de você testar seus conhecimentos. Faça a cruzadinha abaixo e divirta-se! Se quiser imprimir a atividade clique aqui









26 novembro, 2020

Comunicado n°003/2020



                    ESCOLA MUNICIPAL PROFESSOR HILTON ROCHA


        Ensino Fundamental

Rua Vicente Surette, 215 – Bairro Mangueiras. BH/MG

emphr@pbh.gov.br / Watsapp: (31)98705-9981 / (31)98888-3419

Comunicado nº 003/2020

Belo Horizonte 25 de novembro de 2020.

Prezada Comunidade Escolar e responsável,

Nosso desejo é que estejam bem!

O objetivo desse informativo é comunicá-los sobre a necessidade de criarmos uma “Comissão de Retorno às Atividades Letivas” conforme orientações da Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte, publicadas na Portaria SMED Nº203 /2020.

Ainda sem data prevista para o retorno das atividades presenciais, faz se necessário pensarmos coletivamente as ações com o intuito de mobilizar, articular e preparar a comunidade escolar para o processo de adequação aos protocolos sanitários de prevenção à Covid-19 e no planejamento do eventual retorno das atividades escolares presenciais.

Essa comissão será composta por servidores municipais e representantes do seguimento de mães, pais ou responsáveis legais dos estudantes.

Dentre as funções da Comissão de Retorno às Atividades Escolares está: auxiliar a direção escolar na divulgação à comunidade de informações relevantes sobre os protocolos sanitários adotados, acompanhar os procedimentos de adequação dos espaços, acompanhar publicações de portarias e orientações complementares pela SMED, organizar e difundir campanhas publicitárias promovidas pela unidade escolar, participar das ações de formação e reuniões da comissão, dentre outras. Lembrando que no contexto atual, a realização de reunião e/ou encontro formativo continua no formato online através da plataforma Google Meet.

Sendo assim, o representante familiar (mãe, pai ou responsável legal) que desejar participar da comissão, deverá manifestar-se até sexta-feira, 27/11/2020, enviando uma mensagem para o e-mail da escola: emphr@pbh.gov.br

Lembrando que pessoas do grupo de risco, não poderão compor a comissão, já que nesse momento requerem ainda mais cuidados e atenção.

Estamos à disposição para maiores esclarecimentos!

Atenciosamente,

Direção.

 


AMOR PELO CABELO

OLÁ CRIANÇAS E FAMÍLIAS!
DESEJAMOS QUE ESTEJAM TODOS BEM!

ATENÇÃO, TURMINHAS!
HOJE TEMOS UMA LINDA HISTÓRIA PARA VOCÊS!


APÓS SE ENCANTAREM COM ESSA BELA HISTÓRIA, ATENÇÃO A ATIVIDADE:

E VOCÊS, COMO SE SENTEM BEM? GOSTAM DE FAZER PENTEADOS? SE TIVEREM O DESEJO, EXPLOREM AINDA MAIS ESSA HISTÓRIA E VALORIZEM A CULTURA.
FAÇAM BELOS PENTEADOS E COMPARTILHEM COM A GENTE!!!

E SE IDENTIFICARAM COM A HISTÓRIA? CONTEM PRA NÓS, QUEREMOS OUVIR VOCÊS!

UM ABRAÇO DAS PROFESSORAS, ATÉ A PRÓXIMA!

Thanksgiving Day

 


    O Thanksgiving, ou em português Dia de Ação de Graças, é um feriado nacional comemorado nos Estados Unidos toda 4ª quinta-feira do mês de novembro e no Canadá toda 2ª segunda-feira do mês de outubro. Essa data expressa a gratidão por todas as coisas boas que aconteceram ao longo do ano. Originalmente, a data decorria após a época das colheitas, justamente para agradecer a fartura da produção agrícola. Por isso, as famílias se reúnem em comemoração manifestando carinho e agradecimento. Ao lado do Natal e do Réveillon, o Dia de ação de Graças é um dos feriados mais importantes dos Estados Unidos e do Canadá. Curioso notar que este dia, que não está associado a nenhuma religião, se popularizou com o passar dos anos, sendo assim, comemorado por todos, independentemente do credo.

Fonte:

https://www.todamateria.com.br/dia-de-acao-de-gracas/

Você tem motivos para ser grato? Conte para nós seu motivo para ser grato nesse ano de 2020!

Made with Padlet

Agora, monte o quebra cabeça abaixo e veja nossa mensagem desse dia para vocês. Have fun!!

25 novembro, 2020

O Dia da Consciência Negra.

 

Olá estudantes dos 4º e 5º anos! 

Desejamos que todos vocês e familiares estejam bem e com saúde! 


Na atividade dessa semana vamos continuar falando um pouco mais sobre O Dia da Consciência Negra. Comemorado em 20 de novembro, O Dia da Consciência Negra é uma data muito importante para a população brasileira. Isso porque nosso país sofreu quase 400 anos de escravidão, onde pessoas negras foram humilhadas e escravizadas.

O legado desse passado doloroso é um racismo com bases estruturais e o contínuo empobrecimento e opressão da população negra. Por isso, foi criada essa data, para que as pessoas reflitam sobre a história do povo negro no Brasil, sua importância e valorização.

Assista ao vídeo a seguir. 


Esse vídeo: Repente do Jabuti nos ensina um pouco da cultura brasileira.

“Os africanos escravizados e seus descendentes influenciaram em profundidade a formação cultural do País. Raros serão os aspectos de nossa cultura que não tenham sido moldados com a ajuda da mão e da inteligência africanas e afro-brasileiras”.


Vamos aprender mais um pouco!



20 de novembro, Dia da Consciência Negra, é um marco nacional na luta contra o racismo e a desigualdade racial. A data nos lembra da importância dos povos e da cultura africana na construção social e cultural brasileira.



Agora é com você!  

Coloque a data de hoje em seu diário Memórias de uma Quarentena, pesquise e responda as perguntas a seguir:

- Por que dia 20 de novembro foi escolhido para comemorar o Dia da Consciência Negra?
- Quem foi Zumbi dos Palmares e porque ele é um símbolo tão importante para o povo negro?
- O que foram os quilombos?


Um grande abraço, das professoras dos 4º e 5º anos!!!  

24 novembro, 2020

Como lidar com nossos sentimentos durante a Pandemia?




Oi, tudo bem? Como vai você? Nos últimos meses, essa tem sido uma pergunta recorrente. As pessoas estão distantes socialmente e a frase: “Tudo vai passar, vai ficar tudo bem” tem sido um mantra nos canais de comunicação. Agora, fala sério. Já se passaram mais de oito meses de distanciamento social e gostaríamos de saber como andam suas emoções? Como você está lidando com tudo isso? Como você encara seus sentimentos? Afinal, o ano está acabando e as festas natalinas estão aí. Temos consciência de que teremos que aprender a comemorar a distância para que nosso esforço não se torne em vão. Vamos falar e refletir um pouquinho sobre como cuidar das nossas emoções. 

Para nos ajudar, teremos como referência Daniel Goleman. Vamos conhecer um pouquinho sobre ele antes de começarmos:

Quem é Daniel Goleman?

Filho de professores universitários, Goleman nasceu em 07 de março de 1946, é um jornalista científico dos Estados Unidos. Por doze anos, escreveu para o The New York Times, principalmente sobre avanços nos estudos do cérebro e das ciências comportamentais. Escritor de renome internacional, psicólogo e jornalista da ciência. É considerado o “pai da inteligência emocional”. Afinal, o que é inteligência emocional?

O que é inteligência emocional?

De acordo com Goleman, “Inteligência Emocional é a capacidade de sentir, compreender, valorizar e aplicar efetivamente o poder das emoções como fonte de energia humana, informação, confiança, criatividade e influência.” 

A forma como lidamos com nossas emoções têm influência direta em como lidamos com nós mesmos e em nossos relacionamentos. Podemos descrever de uma forma simples que a inteligência emocional é a capacidade de reconhecer, avaliar e gerenciar nossas próprias emoções e as emoções das pessoas em nossa volta. Portanto, a inteligência emocional está diretamente ligada aos relacionamentos e estes, por sua vez, desempenham um papel essencial em como gerenciamos nossas emoções e a forma como agimos de acordo com cada emoção.

Em 1995 o psicólogo norte-americano Daniel Goleman, publicou o livro “Inteligência Emocional”. Os estudos de Goleman posicionaram a IE (Inteligência Emocional) como um conjunto de competências e habilidades fundamentadas em cinco pilares:

Autoconsciência: capacidade de reconhecer as próprias emoções.

Autorregulação: capacidade de lidar com as próprias emoções.
Automotivação: capacidade de se motivar e de se manter motivado.
Empatia: capacidade de enxergar as situações pela perspectiva dos outros.
Habilidades sociais: conjunto de capacidades envolvidas na interação social.

Não há dúvida de que a inteligência emocional nos permite conscientizar nossas emoções, compreender os sentimentos dos outros, tolerar as pressões e frustrações que sofremos no trabalho e adotar uma atitude empática e social que nos dará maiores possibilidades de desenvolvimento pessoal.

Para saber mais sobre esse assunto, acesse os links abaixo:

Quem é Daniel Goleman e o que ele pode te ensinar sobre Inteligência Emocional
https://febracis.com/daniel-goleman/


Agora que você já leu os artigos, assista aos vídeos abaixo, são bem curtinhos e irão te ajudar bastante:








Bom, agora que você já leu os artigos e assistiu aos vídeos, você aprendeu que reconhecer nossos sentimentos contribui para uma boa saúde mental, registrar o que sentimos e refletir sobre nossas emoções contribui para desenvolver habilidades de autoconhecimento. Durante esse período de distanciamento social, o que você faz para se sentir melhor? Conversa com alguém? Ouve uma música? Escreve em um diário? Gostaríamos de saber, fale sobre isso em nossos comentários.

Sugestão de filmes:

O bom dinossauro e Divertidamente

Continuem se cuidando, até breve!




23 novembro, 2020

SOMOS CONTRA QUALQUER TIPO DE PRECONCEITO!

O vídeo abaixo reproduz uma bela reflexão contra o preconceito racial... compartilhe-o e seja também um(a) agente contra qualquer tipo de preconceito!!!



É preciso entender a luta antirracismo e fazer com que todo dia seja um 20 de novembro. O que difere as pessoas não é a cor da pele, mas suas atitudes. Que o amor e o respeito superem a ignorância e o preconceito. 


Vídeo produzido pelo instrutor @milton_souzjr 


#asmg #surdos #inclusão #direito #cidadania #consciencianegra #intérpretedelibras #instrutordelibras #libras #linguadesinais #acessibilidade #identidadesurda #culturasurda #mãos #bilíngue

20 novembro, 2020

20 DE NOVEMBRO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA

 

POR QUE DEVEMOS FALAR SOBRE ESTE TEMA?

Todos os anos celebramos o Dia da Consciência Negra em 20 de novembro. A data foi escolhida como referência à morte de Zumbi dos Palmares, líder quilombola que lutou para preservar a segurança e a cultura de africanos escravizados que conseguiam fugir no período em que a escravidão era permitida no Brasil.

Zumbi era filho de africanos escravizados que haviam fugido e organizado uma comunidade que recebeu o nome de Quilombo de Palmares. Embora tenha nascido livre, foi capturado quando tinha por volta de sete anos de idade. Entregue a um padre católico, recebeu o batismo e ganhou o nome de Francisco. Aprendeu a língua portuguesa e a religião católica, chegando a ajudar o padre na celebração da missa. Porém, aos 15 anos de idade, voltou para viver no quilombo e para defender o território contra as ameaças de colonizadores.

Aos 40 anos de idade, em 20 de novembro de 1695, depois de ter sido traído por um antigo companheiro e entregue as tropas dos bandeirantes, Zumbi foi assassinado. Zumbi é considerado um dos grandes líderes de nossa história. Símbolo da resistência e luta contra a escravidão, lutou pela liberdade de culto, religião e pratica da cultura africana no Brasil Colonial.

Para relembrar os feitos históricos e a luta pelos direitos da pessoa negra, em 9 de janeiro de 2003, foi incluído no calendário escolar atividades referentes ao Dia da Consciência Negra. A Lei 12.519/2011 que institui oficialmente a data no calendário de comemorações foi sancionada apenas em 2011.

A IMPORTÂNCIA DA DATA

A data é importante porque é uma maneira de reconhecer os descendentes africanos como construtores da sociedade brasileira, além de trazer à nossa reflexão situações de preconceito racial sofridas pelas populações de origem negra, bem como a opressão social da qual ainda são vítimas. De acordo com o IBGE, atualmente, a população negra representa 54% do total de brasileiros. 

Vale lembrar que o Brasil foi a última nação a abolir a escravidão na América Latina, em 13 de maio de 1888. No entanto, a luta por liberdade, melhor condição de vida e pelos direitos mínimos continua através de várias pessoas públicas que representam essa causa, das organizações sociais e das pessoas anônimas que, dia a dia, tentam vencer as barreiras do racismo.

A SITUAÇÃO DA POPULAÇÃO NEGRA NO BRASIL

Apesar de ser a maioria da população brasileira, negros ainda enfrentam um cenário bastante difícil no país. De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), a população negra é a mais afetada pela violência e pela desigualdade.

No mercado de trabalho, negros e pardos são as pessoas que mais enfrentam obstáculos na progressão na carreira, muitas vezes sem possuir igualdade salarial. Segundo o Ministério Público do Trabalho, os negros estão entre os que mais passam por situações humilhantes e constrangedoras durante a jornada de trabalho.

As mulheres negras são as vítimas mais recorrentes de homicídios e são o principal grupo de risco nos casos de feminicídio (homicídio cometido contra mulheres que é motivado por violência doméstica ou discriminação de gênero).

Pardos e pretos são minoria nos Poderes Judiciário e Legislativo, apesar de esta representação ser muito importante para a construção de debates e projetos que diminuam a desigualdade no Brasil.

A maior parte dos presos no Brasil são jovens, pretos ou pardos e com baixa escolaridade e são afetados pelo analfabetismo e dificuldade de acesso ao ensino superior.

E ENTÃO, O QUE PODEMOS FAZER?

O preconceito ainda existe, e uma das formas de combatê-lo é discutindo e expondo as mazelas enraizadas no dia a dia da sociedade brasileira.

Sabemos que todos os dias e todas as horas devemos combater o preconceito com nossas melhores ações. Desta forma, vamos começar procurando acolher, entender, respeitar e valorizar culturas diferentes da nossa. Além de adquirir mais conhecimento, nos tornaremos pessoas melhores para o mundo.

Existirá preconceito enquanto houver ignorância, por isso a educação, o esclarecimento é o passo mais importante para desconstruí-lo. 

MÃOS Á OBRA... 

A linguagem é um dos pontos altos das coisas cotidianas que trazemos do continente-mãe, a África. E como a cultura negra é a essência da nossa sociedade, vamos identificar algumas palavras de origem africana que usamos em nosso dia-a-dia. 

Copie as respostas diretamente no seu caderno enumerando as palavras localizadas de acordo com a sua definição. Clique na imagem abaixo para abrir a atividade completa. 

SAIBA MAIS SOBRE O ASSUNTO 

Separamos alguns links de blogs, sites e documentários sobre o assunto: 

  • Associação Brasileira de Pesquisadores Negros 
  • Instituto da Mulher Negra Geledes 
  • Mundo Negro

Fontes: 

  • https://www.agencialinka.com.br/agencia-de-marketing/dia-da-consciencia-negra-importancia-dodebate-racial 
  • https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/eu-estudante/trabalho-eformacao/2019/11/17/interna-trabalhoeformacao-2019,807077/negros-ocupam-cargos-commenor-remuneracao-no-mercado-de-trabalho.shtml 
  • https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/11/20/consciencia-negra-numeros-brasil/
  • https://www.geledes.org.br/o-que-e-consciencia-negra/

19 novembro, 2020

LITERATURA E DIVERSIDADE

OLÁ PESSOAL,

ESTÁ CHEGANDO UMA DATA MUITO IMPORTANTE DE LUTAS E CONQUISTAS:
20 DE NOVEMBRO, DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA!

NA VERDADE, TEMOS QUE REFLETIR TODOS OS DIAS SOBRE NOSSAS AÇÕES COM AS PESSOAS, DEVIDO A SUA COR DE PELE.

NÃO SOMOS IGUAIS, MAS TODOS SOMOS IMPORTANTES!!!

VAMOS VER DUAS HISTÓRIAS LINDAS E PENSAR SOBRE ELAS.


SOBRE A PRIMEIRA HISTÓRIA:

MENINA BONITA DO LAÇO DE FITA, NOS CONTE O QUE VOCÊ ACHOU DA HISTÓRIA E A PARTE QUE MAIS CHAMOU SUA ATENÇÃO.

FAÇA UM REGISTRO NO CADERNO, ATRAVÉS DE PALAVRAS, FRASES OU TEXTOS.


APÓS APRECIAR A SEGUNDA HISTÓRIA:

AS CORES DE CADA UM, FIQUEM FRENTE A UM ESPELHO, OBSERVEM SUAS CARACTERÍSTICAS E DEPOIS FAÇA UM AUTO RETRATO, OU SEJA, UM DESENHO DE SI PRÓPRIO, CAPRICHE EM CADA DETALHE!!!

NÃO ESQUEÇA DE ENVIAR PARA NÓS, ESTAMOS ANSIOSAS PARA VER E OUVIR VOCÊS!








18 novembro, 2020

Diversidade Cultural Afro-Brasileira

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Olá alunos e alunas dos 4º e 5º anos.

Esperamos que estejam todos bem e com muita saúde.

Na atividade dessa semana iremos conhecer um pouco sobre as contribuições culturais  dos povos africanos para o nosso país. 

Sabemos que quando os escravizados africanos chegaram ao Brasil trouxeram com eles diversos costumes relacionados a dança, música, religião, vocabulário, culinária entre outros. Com isso, influenciaram e enriqueceram ainda mais a cultura em diversos estados do Brasil, entre eles o estado de Minas Gerais. 

Veja o vídeo abaixo:


Vocês imaginavam o quanto os povos africanos foram e são importantes para nós brasileiros?

Agora é com você!

No dia 20 de novembro comemora-se o DIA NACIONAL DA CONSCIÊNCIA NEGRA. Vimos ao final do  vídeo apresentado que a população negra ainda enfrentam problemas como o  racismo e o  preconceito.

Vá até seu diário: Memórias de uma Quarentena, coloque a data, pesquise ou faça uma entrevista com alguém de seu convívio e registre quais preconceitos vivenciados pelas pessoas negras, principalmente as mulheres, ainda nos dias de hoje.

Um forte abraço cheio de saudades, de suas professoras dos 4º. e 5º. anos...

17 novembro, 2020

Globalização e comunicação: a dificuldade da sobrevivência das línguas locais.



 



A comunicação é parte essencial da relação entre seres humanos, e a língua é uma forma indispensável de comunicação, seja ela verbal, escrita ou de sinais. Estima-se, de acordo com a UNESCO, que existem mais de 7.000 línguas no planeta Terra. Este número está em constante mudança pois a língua é viva e dinâmica, e a mesma é falada por pessoas, cuja vida é moldada por uma mundo globalizado.

Uma parte significativa dessas línguas estão ameaçadas de extinção devido ao processo de globalização que vem crescendo a cada ano. Essa extinção não é nova. Desde os tempos das colonizações que o desaparecimento de línguas nativas acontece e o uso da língua do colonizador se torna predominante, como aconteceu na Irlanda onde o irlandês, apesar de ainda ser ensinado nas escolas, não é a língua de comunicação oficial entre as pessoas. Outro exemplo, mais próximo, é o Brasil, onde muitas línguas indígenas foram extintas e outras dessas línguas poucas pessoas possuem conhecimento, e ao contrário da Irlanda, essas línguas indígenas não são ensinadas nas escolas fora das aldeias. 

O desaparecimento de uma língua nativa é visto como um problema, pois uma língua não carrega somente o peso de proporcionar às pessoas a eficácia de uma comunicação, mas carrega traços culturais, mitológicos, científicos e valores de um determinado povo. Quando a língua de um povo desaparece, desaparece junto com ela toda uma história e tradição de uma sociedade na qual se torna refém de uma outra cultura. Alguns estudiosos chamam esse processo de epistemicídio, quando a ação dominadora de um povo interfere na produção e reprodução da vida e destrói culturas, saberes e crenças. Desde o início do processo de colonização, epistemicídios acontecem em todo o planeta, muitas vezes pautados no discurso de “progresso”.

Em muitos lugares, durante o processo de colonização, as línguas nativas e do colonizador produziram novas formas de comunicação. O português falado no Brasil, por exemplo, tem influência de línguas indígenas e africanas e possui especificidades em relação ao português falado em Portugal ou em Moçambique. Isso ocorre em vários países que passaram por processo de colonização. Além disso, a língua é marcada por regionalismos dentro do próprio país. 

Muitas palavras da própria língua portuguesa se perderam ao longo dos anos, no entanto, no interior do país as observamos no modo de se comunicar das pessoas de determinadas regiões, essas palavras pertencem ao chamado português antigo, ou arcaico. Em geral, encontram-se ligadas a características da cultura local e aparecem em manifestações festivas tradicionais. Para os habitantes dos grandes centros urbanos, algumas dessas palavras soam estranhas ou até desconhecidas. O grande escritor Guimarães Rosa utilizou esse vocabulário em sua obra literária e a partir deles criou novas palavras, como no exemplo abaixo:

“Diz-que-direi ao senhor o que nem tanto é sabido: sempre que se começa a ter amor a alguém, no ramerrão, o amor pega e cresce é porque, de certo jeito, a gente quer que isso seja, e vai, na idéia, querendo e ajudando; mas, quando é destino dado, maior que o miúdo, a gente ama inteiriço fatal, carecendo de querer, e é um só facear com as surpresas.”

http://obviousmag.org/a_procura_da_poesia/2017/passagens-de-amor-e-odio-em-grande-sertao-veredas.html#ixzz6dVzrmONW Acesso em 11 de nov 2020.


Para saber mais sobre as contribuições indígenas e africanas no português brasileiro, acesse os seguintes site: 

E não deixe de comentar no nosso blog! Até mais!

16 novembro, 2020

Alteração da Política de Educação Especial Brasileira

           Olá, Família!

           Tudo bem?

      Vocês têm acompanhado os debates sobre a recente alteração da Política de Educação Especial Brasileira?


      No dia 30 de setembro de 2020, o governo federal publicou o decreto 10.502 no qual legitima vários retrocessos na Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Esse documento representa a segregação do Ensino no Brasil, pois a verdadeira Educação Inclusiva requer a convivência entre todos, sem distinção ou discriminação. Uma determinada característica de uma pessoa não pode ser vista como um estigma ou algo que justifica a sua separação da convivência com os demais. 

      Convidamos a todos para a leitura da Carta convocação do LEPED (Laboratório de Estudos e Pesquisas em Ensino e Diferença/Unicamp) contra a destruição da inclusão no Brasil:


O Laboratório de Estudos e Pesquisas em Ensino e Diferença (LEPED/FE/Unicamp) vem a público conclamar a sociedade brasileira em defesa da educação inclusiva, que foi violentamente golpeada ontem, 30/09/2020, pelo anúncio do governo federal a respeito de uma nova política de educação especial.

O referido documento, publicado em forma de decreto, faz retroceder todos os esforços empreendidos no país para que o estudante público-alvo da Educação Especial não mais fosse vítima da violência que se constitui a segregação escolar. A POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA (MEC/2008), cujo desmonte se deu por ato do executivo federal, buscava assegurar a esse público seu lugar entre os pares de sua geração, em uma escola para todos.

Neste grave momento do país, em que o retrocesso se configura como projeto de governo, o LEPED exorta todos os que lutam pela causa e que reconhecem a hierarquização, a categorização e a segregação de pessoas como ato que fere a dignidade humana, a se unirem nesse movimento de resistência e luta. Jamais nos intimidaremos diante dos desmandos do atual governo, especialmente no que diz respeito à educação.

A “nova” política de educação especial de nova só tem a data e o nome, pois o que defende se configura como mera reforma, trazendo de volta práticas outrora fracassadas e inconstitucionais. Por isso, manifestamos nosso mais profundo comprometimento no sentido de repelir as modificações impostas à PNEEPEI/2008.

Temos, de sobejo, argumentos baseados em estudos e pesquisas que revelam a fragilidade e a tendenciosidade do posicionamento do Ministério da Educação e dos dados que são utilizados como argumento para tal afronta ao direito de todos à educação. 

Diante do exposto, declaramos que não permitiremos:

  1. que a Constituição Federal de 1988 seja desconsiderada, descumprida e renegada em seus preceitos educacionais, uma vez que seu texto define o acesso à escola comum como um direito indisponível do aluno, do qual a família e o Estado são os guardiões;
  2. que o Brasil, mais uma vez, seja desonrado por descumprir e ignorar seus compromissos internacionais, visto que o país é signatário de documentos que pugnam pela inclusão, incondicionalmente;
  3. que o aluno público-alvo da Educação Especial seja excluído e discriminado no sistema educacional brasileiro;
  4. que argumentações tendenciosas e mal embasadas por estudos e posicionamentos retrógrados e incompletos venham se contrapor aos avanços e esforços despendidos por familiares e educadores, em todo o território nacional, que aderiram às diretrizes da PNEEPEI/2008, garantindo a matrícula, a participação e a aprendizagem, com dignidade, em escolas comuns de todo o país;
  5. que sejam ofuscados ou esquecidos os ganhos obtidos pelos alunos que, em razão da inclusão escolar, puderam seguir trajetórias de vida jamais imaginadas no tempo em que eram vigentes no país a concepção que agora o governo federal busca desenterrar;
  6. que seja interrompido o movimento de inclusão na educação básica que permitiu ao Brasil ampliar, de maneira inédita, o acesso desse público ao nível superior;
  7. que o país volte a terceirizar a Educação Especial, alocando recursos públicos em instituições privadas, em detrimento da continuidade e da ampliação dos investimentos na escola pública comum;
  8. que sejam silenciadas as famílias que, junto com os educadores, lutaram ao longo desses 12 anos, fazendo o país matricular mais de 1 milhão de estudantes da educação especial nas escolas comuns, o que representa 87% de taxa de inclusão.

A revogação do referido decreto, criado com base em interesses outros de pessoas e instituições que, certamente, não atuam em real benefício das pessoas com deficiência, precisa ocorrer por uma questão de justiça social e de ascensão do país a níveis mais elevados de civilidade, algo que todos merecemos.

Podemos combater e impedir a descaracterização da PNEEPEI/2008 se nos posicionarmos de maneira coesa e implacável, como já fizemos em outras ocasiões em que educação inclusiva foi atacada.

Os pesquisadores, estudantes e membros do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Ensino e Diferença (LEPED/FE/Unicamp) assinam este documento, seguidos daqueles que cerram fileiras conosco nos propósitos supracitados.

 

Não recuaremos.
Não nos calaremos.
Direito não se negocia, se cumpre!

 

Maria Teresa Eglér Mantoan
Coordenadora do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Ensino e Diferença (LEPED)
Faculdade de Educação – FE
Universidade Estadual de Campinas – Unicamp

 (Se você quer assinar esta carta como pessoa física, basta registrar seu apoio nos comentários!)

(Se você quiser assinar esta carta em nome de uma entidade ou grupo, envie e-mail para: mecavalcante@gmail.com)

Baixe aqui em PDF a CARTA CONVOCAÇÃO CONTRA DESMONTE DA PNEEPEI


SIGNATÁRIOS:

  1. A Trissomia do Amor 21
  2. AmeDown
  3. AMPARA.IN – Sorocaba (SP)
  4. Assistiva Tecnologia e Educação
  5. Associação Amigo Down
  6. Associação Amigos Metroviários dos Excepcionais – AME
  7. Associação Amor pra Down
  8. Associação Baiana de Síndrome de Down/ SerDown – BA
  9. Associação Brasileira para a Ação por Direitos das Pessoas Autistas (ABRAÇA)
  10. Associação Catarinense para Integração da Pessoa Cega
  11. Associação Diferenças que nos Unem de São Francisco do Sul – SC
  12. Associação dos Pais e Amigos dos Autistas de Ananindeua – PA (APAN)
  13. Associação dos Geógrafos Brasileiros – Seção Local ABC
  14. Associação dos Supervisores Escolares de Santa Catarina – Asesc
  15. Associação Florianopolitana de Deficientes Físicos – AFLODEF
  16. Associação Fortaleza Down
  17. Associação Internacional Maylê Sara Kalí (AMSK/Brasil)
  18. Associação Mães e Pais pela Democracia
  19. Associação Mãos de Mães de Pessoas com Esquizofrenia (AMME)
  20. Associação Pais em Movimento
  21. Associação de Pais, Amigos e Pessoas com Deficiência de Funcionários do Banco do Brasil e da Comunidade (Apabb)
  22. Associação de Pais, Familiares, Amigos e Pessoas com Síndrome de Down de Niterói-RJ (Nitdown)
  23. Associação Síndrome de Down do RN
  24. Associações de Pais de Pessoas com Síndrome de Down do Paraná
  25. Associação RS Paradesporto
  26. Avante – Educação e Mobilização Social
  27. Bom-Tempo Creche Escola
  28. Campanha Nacional pelo Direito à Educação
  29. Cariacica Down (ES)
  30. Centro de Apoio à Mães de Portadores de Eficiência do Ceará (CAMPE)
  31. Centro Incluir – Centro Especializado em Desenvolvimento Educacional
  32. Centro Síndrome de Down de Campinas (CESD)
  33. CIA – Comissão Permanente de Inclusão e Acessibilidade da UFPR Litoral
  34. Círculo Vigotskiano – Grupo de Estudos em Teoria Histórico-Cultural (Distrito Federal) 
  35. Cláudia Rodrigues de Freitas (UFRGS)
  36. Coletivo de Pessoas com Deficiência Adriana Thoma
  37. Coletivo Educação de Santo André
  38. Coletivo Educação pela Base (ES)
  39. Coletivo Feminista Helen Keller
  40. Coletivo Mães Eficientes Somos Nós (ES)
  41. Comissão Permanente de Inclusão e Acessibilidade da UFPR Litoral (CIA)
  42. Comitê de Educação do Campo de São Mateus – ES
  43. Comitê Estadual em Defesa da Escola Pública de Roraima
  44. Comissão de Acessibilidade (CCSO/UFMA)
  45. Comunidade Down Caxias
  46. Conselho Municipal de Educação de Florianópolis
  47. Coordenadoria de Acessibilidade da UFPA
  48. Cromossomos Mães (ES)
  49. Curso de Licenciatura em Geografia da UFPR Litoral
  50. Diadorim – Centro de Estudos de Gênero, Raça, Etnia, Sexualidade (UNEB)
  51. Diretório Acadêmico Walkíria Afonso Costa (DAFaE/FaE/UFMG)
  52. Down Chute no Preconceito – Gravataí/RS
  53. Escola de Gente – Comunicação em Inclusão
  54. Escola e Faculdade Angel Vianna
  55. Família Down (ES)
  56. Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down (FBASD)
  57. Federação Catarinense das Associações de Síndrome De Down (FECASD)
  58. Federação Paranaense das Associações de Síndrome de Down
  59. Fórum de Educação Infantil do Distrito Federal (FEIDF)
  60. Fórum de Educação Infantil do Pará
  61. Fórum de Gestores de Educação Especial do Espírito Santo
  62. Fórum Nacional de Educação Inclusiva – FONEI
  63. Fórum Permanente de Educação Inclusiva do Espírito Santo (UFES)
  64. Fundação Síndrome de Down
  65. Fundação Toque de Araraquara – SP
  66. Grupo de Apoio á Conscientização da Inclusão Social (GACIS)
  67. Grupo de Estudo e Pesquisa em Deficiência Visual e Cão-guia
  68. Grupo de Estudo e Pesquisa em Fundamentos da Educação Especial
  69. Grupo de Pesquisa Acessibilidade Escolar e Sociedade Inclusiva (ACESSI)
  70. Grupo de Pesquisa Com-versações (PPGE/UFES)
  71. Grupo de Pesquisa e Extensão Pró-inclusão (Faced/UFC)
  72. Grupo de Pesquisa Educação Especial e Inclusiva e Diversidade (EDUCID/UNEB
  73. Grupo de Pesquisa Educação, Desigualdades e Diversidades (UNEB)
  74. Grupo de Pesquisa Educação, Migração e Direitos Humanos (PUCPR)
  75. Grupo de Pesquisa Formação, Pesquisa-ação e Gestão de Educação Especial (GRUFOPEES -CNPq/UFES)
  76. Grupo de Pesquisa NÚPITA – Universidade Federal de Sergipe
  77. Grupo de Pesquisa RESSALT – Universidade Federal de Sergipe
  78. Grupo de Professores de AEE de Belo Horizonte
  79. Grupo de Professor@s do AEE Ceilândia – DF 
  80. Grupo de Professores de Educação Especial da Rede Municipal de Florianópolis
  81. Grupo Fazer Mais
  82. Grupo de Estudos Corpos Mistos – UFMG
  83. Grupo de Estudos e Pesquisas em Inclusão e Diversidade na Educação Básica e no Ensino Superior (INCLUSIVE/UNIPAMPA)
  84. Grupo de Estudos e Pesquisas Infância e Brincadeiras (GEPIB/UFMA)
  85. Grupo de Estudos em Sistemas de Ensino (GESE/FACED/UFJF)
  86. Grupo Leitura e Escrita Revisitada da UFC (LER)
  87. Grupo Relações de Saberes e Subjetividades: Alfabetização, Linguagens e Trabalho (Ressalt/UFS)
  88. Ímpar Inclusão e Diversidade
  89. Inclusive – Inclusão e Cidadania
  90. Inclusive_br
  91. Instituto Avisa Lá – Formação Continuada de Educadores
  92. Instituto da Infância- IFAN
  93. Instituto Diversa – Observatório da Inclusão de  Ponta Grossa – PR
  94. Instituto JNG – Projetos de Inclusão Social
  95. Instituto Jô Clemente
  96. Instituto Lucas e Mariana Aribé de Acessibilidade para a Inclusão Social de Pessoas com Deficiência – ILUMINAR – Sergipe
  97. Instituto Trabalho Digno
  98. Judeus pela Democracia
  99. Laboratório de Acessibilidade da Biblioteca Central Cesar Lattes – Unicamp
  100. Laboratório de Educação Inclusiva – LEdI (CEAD/UDESC)
  101. Laboratório de Estudos e Pesquisas sobre Inclusão e Diferenças na Educação Física Escolar (LEPIDEFE/UFRJ)
  102. Laboratório de Estudos, Pesquisas e Apoio à Participação e à Diversidade em Educação (LaPEADE/UFRJ)
  103. Laboratório de Inclusão, Mediação Simbólica, Desenvolvimento e Aprendizagem (LIMDA/FE/UFRJ)
  104. Luta Unificada dos Trabalhadores da Educação do Espírito Santo (LUTE ES)
  105. Mais Diferenças – Educação e Cultura Inclusivas
  106. Minas Down
  107. Movimento de Alternativas para uma Nova Educação (MoANE)
  108. Movimento Down
  109. Movimento Eu Empurro Essa Causa
  110. Movimento Feminista de Mulheres com Deficiência Inclusivass
  111. Movimento Inclua-se! de São Caetano do Sul – SP
  112. Movimento Interfóruns de Educação Infantil do Brasil (MIEIB)
  113. Movimento Nada Sobre Nós Sem Nós
  114. Movimento PARATODOS
  115. Movimento Pela Inclusão no Marajó
  116. Movimento por uma Inclusão Eficiente
  117. Movimento Pró Autismo
  118. Movimento Pró Inclusão – Espírito Santo (ES)
  119. Núcleo de Acessibilidade da UTFPR – Campus Curitiba
  120. Núcleo de Educação da Infância, Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  121. Núcleo de Educação e Infâncias (NEIUFMA)
  122. Núcleo de Estudo, Extensão e Pesquisa em Inclusão Educacional e Tecnologia Assistiva (NÚPITA/UFS)
  123. Núcleo de Estudos e Pesquisas em Inclusão (NEPI/UFMS)
  124. Núcleo de Estudos em Educação da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte
  125. Núcleo de Estudos e Projetos em Educação e Tecnologia (NETEC/FACED/UFJF)
  126. Núcleo de Estudos em Políticas de Inclusão Escolar – UFRGS
  127. Núcleo de Estudos em Políticas de Inclusão Escolar (NEPIE – UFRGS RS)
  128. Núcleo de Estudos, Pesquisa e Extensão em Educação Especial (UFES)
  129. Núcleo de Estudos sobre Deficiência da Universidade Federal de Santa Catarina (NED/UFSC)
  130. Núcleo de Estudos Sociais do Conhecimento e da Educação (NESCE/FACED/UFJF)
  131. Observatório da Inclusão Educacional e Direitos Humanos (UFF)
  132. ONG Salvando Vidas
  133. Rede Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência – Rede-In
  134. Rede Nacional Primeira Infância (RNPI)
  135. Reviver Down
  136. Seção de Políticas Afirmativas e Assuntos Estudantis (SEPOL/UFPR Litoral)
  137. União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação, Seccional São Paulo (UNCME/SP)
  138. Unidade de Referência em TEA Dr. Marcos T. Mercadante
  139. Universo Down de Joinville – SC
  140. Usina da imaginação



13 novembro, 2020

Mulheres e negros são os mais afetados pela covid-19 no Brasil, aponta IBGE

 



A cada dez pessoas que relatam mais de um sintoma da doença, sete são pretas ou pardas – parcela da população fortemente dependente da informalidade. Em relação a homens, mulheres têm saúde e trabalho mais prejudicados.

No Brasil, os prejuízos financeiros e de saúde causados pela covid-19 pesam muito mais sobre mulheres, negros e pobres. É o que apontam dados sobre mercado de trabalho e sintomas gripais aferidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no mês de junho.

O órgão do governo federal mostrou, em sua Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid-19, que o número de desempregados foi acrescido de 1,68 milhão de pessoas em junho, o que representou alta de 16,6% na comparação com maio. Com isso, chegou a 11,8 milhões de brasileiros o total de desocupados no país, que só leva em consideração quem procurou trabalho – missão dificultada pelo isolamento social. E a conjuntura é particularmente cruel para determinados grupos sociais.

Mesmo que indique um recuo do contágio viral, o inquérito epidemiológico do IBGE revelou um abismo racial no alcance da doença. Entre aqueles que disseram ter tido mais de um sintoma de síndrome respiratória, 68,3% são pretos ou pardos, ante apenas 30,3% de brancos. Entre os sintomas conjugados levados em consideração estão febre, dificuldade de respirar, tosse e perda de olfato ou paladar.

"Isso tudo tem relação com o sistema em que a gente vive, com o racismo", explica ela, apontando como, por causa do racismo estrutural, pessoas negras têm piores condições de vida.

Na avaliação do professor da Universidade de São Paulo (USP) Ruy Braga, especializado em sociologia do trabalho, o contraste tem raízes históricas, que impactam a inserção dos negros no mercado, e está ligado à qualidade de moradia dessa população.

"É resultado de uma interseção entre pobreza, maior frequência na informalidade e precariedade nas condições de vida que atinge mais diretamente os negros e pobres no Brasil. Isso converge para as condições de saúde dessas pessoas", afirma Braga.

O sociólogo lembra que o adoecimento é muito mais frequente entre os negros, e a relação entre pandemia e comorbidades agrava o quadro. A situação é ainda mais delicada pela maior presença dessa população na chamada gig economy (economia dos bicos) e suas funções típicas, como as de entregadores e motoristas de aplicativo, que ainda se difundiram no contexto da crise sanitária.

"São setores expostos à circulação, pessoas mais vulneráveis e que não podem ficar em casa, não têm acesso à proteção do home office, necessitam ir às ruas para ganhar seu pão. Há uma associação muito clara entre desigualdade racial, o aumento da vulnerabilidade desses grupos à pandemia e a esmagadora maioria de negros e pardos no trabalho informal", analisa o especialista.

De acordo com a pesquisa do IBGE, 39% dos trabalhadores pretos e pardos estão em regime de informalidade, ante 29,9% dos brancos. Autônomos e informais foram justamente os que mais perderam renda na crise.

"São trabalhadores atingidos duplamente", afirma o economista Sandro Sacchet, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). "Mesmo aqueles que não tiveram a renda afetada, como os entregadores, acabam tendo que se expor e apresentam incidência de sintomas maior do que a média. A pandemia tornou a precariedade das relações informais mais visível", diz.

Considerando esses casos, quase 55% de pretos e pardos morreram, enquanto, entre pessoas brancas, esse valor ficou em 38%. A porcentagem foi maior entre pessoas negras do que entre brancas em todas as faixas etárias e também comparando todos os níveis de escolaridade.

O estudo também concluiu que, quanto maior a escolaridade, menor a letalidade da covid-19 nos pacientes. Pessoas sem escolaridade tiveram taxas três vezes superiores (71,3%) às pessoas com nível superior (22,5%).

Cruzando escolaridade com raça, então, a coisa piora: pretos e pardos sem escolaridade tiveram 80,35% de taxas de morte, contra 19,65% dos brancos com nível superior.

"A desigualdade social tem impacto direto nos óbitos entre os mais pobres e com menor escolaridade", diz, por e-mail, uma das pesquisadoras responsáveis pelo estudo, Paula Maçaira, pesquisadora do Departamento de Engenharia Industrial do CTC/PUC-Rio e integrante do NOIS. "Quanto mais desfavorável a situação do paciente, mais chances ele tem de falecer."

O fenômeno não é exclusivamente brasileiro. Nos Estados Unidos, dados levantados pelo APM Research Lab mostra que negros morreram a uma taxa de 50,3 por 100 mil pessoas, comparado com 20,7 para pessoas brancas. Mais que o dobro.

No Reino Unido, números do Office of National Statistics mostraram que homens negros da Inglaterra e de Gales têm três vezes mais chance de morrer por covid-19 do que homens brancos.

"É um fenômeno mundial. Esse vírus mata mais pobres e negros - não porque são negros, mas porque são pobres", diz Vecina Neto. Para Góes, os contexto são semelhantes. "As pessoas negras nos EUA e no Reino Unido também são as que vivem em locais periféricos de menos acesso, menos fornecimento de serviços e com maior prevalência de comorbidades. O que muda são os sistemas de saúde."

Mas por que isso acontece?

Góes e Vecina Neto citam algumas razões para as taxas de mortalidade maiores para a população negra e pobre - no Brasil e no mundo.

A primeira, segundo Góes, é o acesso a serviços de saúde. "Pessoas negras em geral estão nas regiões mais marginalizadas, mais periféricas e esses lugares em geral são lugares que têm baixa oferta de serviço de saúde", diz a pesquisadora. "Elas precisam se deslocar para o centro, onde ficam os serviços de saúde públicos e privados."

Um segundo motivo são as condições de vida da população mais pobre. Vecina Neto diz que "pessoas pobres moram em lugares piores, com pior acesso às condições de moradia mais decente" e que, com um número maior de pessoas por metro quadrado, a propagação da doença é facilitada.

A terceira explicação é a falta de acesso a saneamento básico. "No caso do Brasil, principalmente em São Paulo, a periferia não tem oferta de saneamento semelhante às zonas residenciais com distribuição de renda maior", diz Vecina Neto. "A falta de acesso à água é uma coisa muito grave nessa epidemia."

Um quarto motivo possível: a fome, ou necessidade de trabalhar para ganhar o dinheiro para a comida do dia. "Quem mora na periferia em grande medida faz parte do mercado de trabalho informal, portanto ganha o dinheiro do dia para comer a comida do dia. Se o sujeito não sair todo dia para ganhar alguma coisa para levar dinheiro para casa, vai ter fome na casa dele", afirma.

Mesmo com a ajuda do governo federal de R$ 600 mensais para trabalhadores informais, que considera "insuficiente", "as pessoas têm que sair para arrumar comida, e ao sair, se contaminam mais facilmente". A realidade é completamente distinta à situação de quem pode ficar isolado ou trabalhando de casa.

"Essas pessoas negras e pobres são as pessoas inseridas mais informalmente no mercado de trabalho, e que estão no front na área de saúde, enfermagem, serviços gerais, do trabalho doméstico", afirma Góes. "Esse cenário só agudiza a situação."

Por fim, a pesquisadora sobre acesso desigual a sistemas de saúde destaca condições relacionadas ao bem-estar, como alimentação, exercícios físicos, lazer. Uma população mais pobre tem menos acesso a boa alimentação e consome mais alimentos industrializados. Também está sujeita a mais estresse pela "falta de estrutura da cidade, transporte, moradia", diz ela. "São fatores modificáveis, que poderiam ser alterados para dar melhores condições de vida às pessoas."

Isso leva a mais um fator, e um fator grave no contexto da covid-19: a prevalência de comorbidades, como hipertensão e diabetes, que também afetam negros e pobres desproporcionalmente, nessa população. Essas comorbidades contribuem para a mortalidade por covid-19, e estão mais presentes na população negra e pobre "não por uma questão hereditária, mas porque ela está mais exposta a situações precárias", diz Góes.


Fontes:

https://www.dw.com/pt-br/mulheres-e-negros-s%C3%A3o-os-mais-afetados-pela-covid-19-no-brasil-aponta-ibge/a-54303900 1 nov 2020

 https://www.bbc.com/portuguese/brasil-53338421


Com relação ao texto acima e sobre a situação de precarização que a maior parte da população brasileira vive, propomos algumas atividades para interpretação desses dados e reflexão sobre os motivos que levam às diferenças gritantes no tratamentos das pessoas no Brasil. A imagem abaixo é de um formulário com algumas questões sobre o texto. Nele os dados são apresentados em forma de gráfico, o que facilita a visualização de como é contrastante a diferença entre negros e brancos.


Mas por que essa diferença ainda persiste no Brasil? O que leva negros e brancos a uma situação tão distinta? Clique na imagem abaixo e aponte por que os negros são as maiores vítimas da COVID 19.


Por fim queremos construir um mural que leve outras pessoas a refletirem sobre as consequências do racismo na vida das pessoas. Para deixar sua mensagem clique duas vezes na tela. Você pode deixar sua opinião, um desabafo, imagens, áudios, vídeos. Queremos ouvir você! Para acessar clique na imagem abaixo.